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26 de fev. de 2012

■ PSVITA chega ao Brasil por módicos R$ 1500. Quem quer ser um milionário?



Saudações tetas!

Já faz muito tempo que nós, gamer brasileiros, lutamos para sermos reconhecidos e respeitados como consumidores. Nosso país sempre foi visto pelos fabricantes de consoles como uma "terra sem leis", onde a pirataria e os altos impostos praticados pelo governo dificultam qualquer investida destas multinacionais em nosso mercado. É verdade que já houve algumas tentativas em investir em terras tupiniquins, mas todos nós sabemos que nenhuma delas obteve o sucesso esperado. Com o crescimento econômico e a explosão de consumo das classes "C" e "D" - que atualmente movimentam boa parte do dinheiro no Brasil -, Sony, Microsoft e Nintendo novamente voltaram suas atenções para o nosso mercado, na esperança de explorar todo o potencial e a paixão dos consumidores brasileiros por jogos eletrônicos. Mas será que isso está sendo feito da maneira certa?

O consumidor brasileiro segundo a Sony
Há alguns dias atrás o mais novo console portátil da Sony foi lançado em território nacional. Seu preço oficial? Módicos 1599,00 reais, mas com a "vantagem" do console vir com um cartão de memória e um jogo de apelo comercial inexistente. E claro, não poderia deixar de citar a facilidade do pagamento, que em muitas vezes multiplica o preço do produto por dois, mas isso não é bem um problema, já que o valor total pode ser parcelado em até 24x (ou dois anos se preferir). E é bem provável que quando você terminar de pagar as parcelas, seu console já tenha sido furtado ou tenha apresentado algum problema de fábrica que inutilizará o aparelho. Mas vamos ser otimistas e acreditar que a mão de obra chinesa vai nos garantir um produto de qualidade e com um baixo índice de defeitos. Também é importante você fazer uma lavagem cerebral e esquecer todos os problemas de superaquecimento que enfrentamos nessa geração com o Playstation 3 e o Xbox 360. Depois de tudo isso, acredito que você poderá comprar um PSVITA sem a menor preocupação com problemas futuros.

Mas para quem deseja pagar um pouco menos, ainda temos o salvador mercado cinza, que atualmente já oferece um preço "mais em conta" para os beta testers da Sony. Por míseros 1200 reais, você já pode adquirir o seu Vita no mercado livre ou com aquele seu muambeiro brother. Só não espere receber uma nota fiscal quente ou um prazo de garantia maior do três meses, até porque é muito complicado ficar indo e voltando ao Paraguai para trocar produtos com defeito. E apesar de tudo, vergonhosamente, para os consumidores brasileiros, esta acaba sendo a melhor opção.

Em países de primeiro mundo, um consumidor que deseja pagar por um PSVITA não gasta mais do que 300 dólares, e ainda pode optar por escolher a versão wifi ou a 3g. No nosso querido país, a Sony Brasil só nos oferece o modelo wifi, o que acaba até sendo honesto, já que a rede 3g daqui é algo tão porco que este parágrafo até merece um ponto final para não me alongar mais no assunto.

Resumindo, ou eles acham que o Brasileiro tá cagando dinheiro e pode pagar 1.500 reais em um produto que não é nem de perto uma necessidade, ou eles estão querendo os consumidores da classe "A" e "B", o que me deixa ainda mais assustado, pois claramente percebemos que não houve nenhum estudo mais sério sobre o consumo no nosso país. 

Agora fodeu!
Ainda faltou falar um pouco mais dos impostos, mas quer saber? É um assunto tão batido que não merece mais nenhum debate. Os impostos são altos? Sim. O governo viaja na batatinha ao cobrar algo tão abusivo sendo que não existe nenhum empresa brasileira que fabrica consoles? Sim. Mas também falta um pouco de vontade das fabricantes em expandir o nosso mercado e colher os lucros lá na frente. Com o crescimento da distribuição digital, redes como a Live e PSN podem lucrar muito em países como o Brasil. O governo está investindo em banda larga e o projeto (por incrível que pareça) pode ser considerado sério. Não seria uma boa eles subsidiarem um pouco mais o preço dos consoles e ganhar em cima dos jogos vendidos nas redes lá na frente? Até porque o imposto para arquivos digitais não é tão grande como os produtos físicos, fazendo com que jogos blockbusters como Gears of War sejam vendidos por meros 50 reais em suas versões online. Será que é tão complicado arquitetar um plano para lucrar em um mercado tão promissor como o brasileiro? Será que a Sony tá ganhando tanto dinheiro assim a ponto de desprezar o nosso mercado? Ou será que não existe ninguém competente lá dentro para pensar em um plano inovador e lucrativo?

É claro que existem projetos como "Jogo Justo", mas não devemos usar isso de muleta. Cabe a todos os envolvidos no negócio buscarem alternativas criativas para que, de fato, o gamer brasileiro possa ser respeitado como outros gamers ao redor do mundo.

Bom, fica o meu post para que vocês reflitam sobre o assunto. Quem quiser debater ou apresentar novas ideias, usem os comentários ^^.

Abraços tetas!

2 comentários:

nossa terra eh amaldiçoada e nunka vai melhorar..eh lucro brasil, impostos pra karai, banda larga e serviços oferecidos em geral umas merdas caras, transporte publiko mais caro do mundo e lotado pra karai, mas td eh facilmente parcelado em 99 vidas pra vc pagar..a unika solução eh sair daki desse coco xamado brasil colonia

É complicado a situação do nosso Brasil, mas as coisas estão melhorando aos poucos e em breve acredito que o cidadão brasileiro será mais respeitado. O bom de tudo isso é que a "classe" gamer é muito unida, basta dar uma olhada no blog nacional recém inaugurado no Brasil para ver as reclamações dos consumidores. Vamos aguardar, mas tenho fé que as coisas vão melhorar. ^^
Abraços é obrigado por prestigiar o Games e Prosa.

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