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7 de abr. de 2012

■ He Man: Os 'Masters of the Universe' em videogame

Desenterrando (mais um) clássico - 
Continuando na sequência dos desenhos animados (famosos) que tiveram suas conversões para jogos de videogames e computadores pessoais (não tão famosos), chega, vindo de não sei onde, a lembrança do bombado mais aclamado na década de 80: He Man! 

Se você quiser conferir a matéria completa de Thundercats, clique aqui.


Em uma citação da Wikipedia...
Masters of The Universe (Mestres do Universo), mais conhecido aqui no Brasil como He Man, é uma 'franchise' da Mattel, criada em 1982.
Entre outras (?!?) áreas da franquia, a parte de maior sucesso foi com os personagens viventes no planeta Eternia (uma dimensão paralela a nossa dimensão). Com seu lançamento em 1982, uma grande variedade de produtos foram liberados. Entre elas, seis linhas de 'action figures' (ou seja, de bonequinhos), quatro séries de animação, séries de gibís, um filme e jogos de videogames (que será onde focaremos mais o assunto). O designer Roger Sweet se clama de ter sido o criador de Masters of the Universe, entretanto, esta informação NÃO É CONFIRMADA pela Mattel. As primeiras histórias e muito de seu 'backgound' foi escrita por Donald F. Glut.


■ Os mini-quadrinhos originais 
Originalmente, junto com cada boneco da linha Masters of the Universe vinha um mini-gibi. Isto foi antes da série animada; descreviam diferenças de He-man para o conceito que seria adotado posteriormente na série animada. Por exemplo: He-Man, segundo esta origem, não tinha identidade secreta; ele era um bárbaro duma tribo de Etérnia, um mundo que experimentou um conflito chamado de a Grande Guerra, que devastou as civilizações que governaram esse mundo, deixando para trás fantástico maquinário e armas. Eventos da Grande Guerra abriram uma brecha entre as dimensões, permitindo ao perverso Esqueleto vir a Eternia (ilustrações do próprio gibi mostram que os habitantes da dimensão de Esqueleto são iguais em aparência física a ele). Como em sua versão animada, Esqueleto procura tomar o Castelo de Grayskull, cujos segredos poderão torná-lo mestre do universo. Para combater o vilão, He-man ganhou poderes e armamento da Feiticeira. Já Teela nesta versão de brinquedo tinha um elmo de naja. He-man tem uma metade da Espada do Poder; Esqueleto tem a outra metade. Quando juntas, as duas metades devem servir como chave para o Castelo de Grayskull. Nesta versão boneco, He-man tinha uma arma auxiliar, um machado, e também um escudo. A continuidade da linha de bonecos foi aberta oficialmente numa outra mídia em DC Comics Presents #47, uma publicação da DC Comics onde Superman dividia a revista com um herói convidado. Nesta história, um crossover, Superman era transportado para Eternia e era dominado por Esqueleto, e enfrentava He-man. Em 1982, a DC Comics lançou a mini-série Masters Of The Universe, que fez ajustes a história, mais parecidas a sua versão que viria na série animada da Filmation, como He-man ter a identidade de Adam.
■ Desenhos animados

Para alavancar a venda dos bonecos da série, foi encomendada à Filmation Studios uma série de desenho animado baseada nos conceitos desenvolvidos pela Mattel. Assim, em 1983 foi lançada a série He-Man and the Masters of the Universe. A série utilizava a técnica de rotoscópio , assim como outros desenhos da Filmation (como Tarzan), em que os movimentos dos personagens eram desenhados sobre filmagens de atores. Quem assistiu às séries da Filmation podia ver semelhanças entre os movimentos dos personagens das séries.

A série teve duas temporadas de 65 episódios cada, de 1983 a 1985. Em 1985 a Filmation passou a trabalhar outra série para o público infantil feminino, She-Ra, a princesa do poder, que teve 93 episódios em duas temporadas. He-Man teve participação especial em diversos episódios da série She-Ra. 
He-Man e os Mestres do Universo 2002
Em 2002, uma nova série, exibida no canal Cartoon Network, retomou os conceitos da série original, mas numa abordagem mais séria. (essa série apenas foi veiculada pelo canal de tv a cabo Cartoon Network) 



Agora, SIM!
Agora que já nos situamos graças a santa Wikipedia, poderemos começar a nossa matéria sobre os jogos da franquia. E pensar que, sobre os jogos, quase nada é achado via internet, mas mesmo assim nos superamos e fomos em busca das informações. Portanto, aproveitem! E boa diversão aos retroaventureiros que se animarem a conhecer todos os jogos do bombadão mais foda da tv.

Masters of The Universe foi lançado para algumas plataformas, e é sobre as versões que vamos fazer a retroanálise. Let's go!



Versão ATARI 2600

Em 1983, foram lançados, para os sistemas Atari 2600 e Intellevision, o jogo Masters of the Universe: The power of He Man.



Bom, o jogo consistia em 3 fases:

A primeira fase era você (He Man), voando em sua nave para chegar ao castelo de Grayskull, sempre tendo que dar uns tiros em Esqueleto e sua turma de pixels... Digo, vilões malvados.

Na segunda e terceira fase, você combate a peste em pessoa, a pé mesmo, sendo que a terceira fase se passa dentro do próprio castelo de Grayskull (a feiticeira tá ficando velha... Deixando a porta aberta assim, tãããão fácil...)

A jogabilidade? É apenas mediana. Levando em conta que o jogo era para o arcaico Atari, podemos concluir que os produtores fizeram o que foi possível para a época. Na versão Intellevision, tanto a jogabilidade quanto a trilha sonora estão em um nível bem melhor. E já que estamos falando do som, a versão do Atari sofre novamente. Os efeitos sonoros são de qualidade bem duvidosa. Apenas os barulhos de tiros e os famigerados "plofs" (quando se atinge algum inimigo) é o que se escuta durante toda a aventura. No Intellevision, temos a música de abertura no jogo, mas o in game segue a mesma linha do Atari.

Veredito
(notas de 1 a 5, contadas de meio em meio ponto)

3,0
O jogo era um grande sucesso em seu lançamento e, conforme o nível encontrado na época,  Masters of the Universe: The power of He Man conseguia atender aos seus desígnios. As mais frequentes reclamações são: Falta de variedade; efeitos sonoros beirando o nível ABAIXO do básico (tendo apenas uma diferença na versão Intellevision) e gráficos apenas razoáveis.

Mas, se vocês acham que foram APENAS os consoles antigos que tiveram a honra de receber os jogos do He-Man, sinto informá-los que estão enganados!


Master of the Universe: The Arcade Game
Esta é uma versão lançada pela US Gold para os computadores da linha Commodore 64/128 K


Um jogo com gráficos polidos para o computador, com uma tilha sonora bem feita, mas TREMENDAMENTE ENJOATÍVA de se ouvir. A jogabilidade é no estilo side scrolling e se mostra muito competente em alguns aspectos. O ponto positivo é a qualidade nas cores e a movimentação dos personagens, que possuem um animação de ótima qualidade. Infelizmente, o personagem principal se move com extrema lentidão, o que no fim das contas se torna um verdadeiro pesadelo para o jogador. Concluir o game é tarefa (e paciência) para poucos.

E pasmem! NÃO EXISTEM EFEITOS SONOROS NO GAME! Ele é COMPLETAMENTE MUDO (seria um jogo feito por Charlie Chaplin?). Mas mesmo com tantos defeitos, a título de curiosidade,vale a pena conhecer para comentar a sua proeza no meio  de um bate-papo nerd.

Outro ponto negatívo no jogo é descobrir QUAL É O OBJETIVO A SER ALCANÇADO? Existe um final, mas chegar até lá, já são outros quinhentos....

Veredito
(notas de 1 a 5, contadas de meio em meio ponto)

2,0
Por ser um jogo com gráficos de qualidade, sprites enormes e bem animados, ele chama a atenção na parte visual. Mas pela total falta de trilha e efeitos sonoros, aliado a sua jogabilidade extremamente lenta, o conjunto da obra é extremamente sofrível..


Também foram lançados, para o Commodore, os jogos He Man - In Terraquake e Masters of the Universe: Super Adventure. Este último também recebeu uma versão (bem mais apimentada) para o Sinclair Spectrum)

He Man - In Terraquake
E você pensou que havia terminado? "Contemplem" mais uma deliciosa produção da franquia. Vejam o vídeo e entendam um pouco da pérola digital de que estamos falando:


Isso mesmo! É apenas um jogo no estilo Graphic Text Adventure, onde aparecem informações sobre a imagem exibida e uma porrada de textos para ler e entender a situação. (Nota do autor: tive muitos jogos assim para o Sinclair. Graças a eles, aprendi inglês e ganhei uma unha encravada quando chutei a estante de TANTA RAIVA por não soltar o Hulk da cadeira...)

Masters of the Universe: Super Adventure segue a mesma linha de Terraquake.

Veredito
(notas de 1 a 5, contadas de meio em meio ponto)

N/A para os jogos 'In Terraquake' e 'Super Adventure'....







Mas ainda tem mais!
Para os videogames de penúltima geração, nós temos...



He Man - Power of Grayskull
Baseado na nova franquia do desenho animado (a versão de 2002, lançada pelo Cartoon Network), o jogo é num formato 3D isométrico (antigamente conhecido como oversize view) e, não por acaso, TODAS as versões (Nota: existia planos para uma versão pro primeiro XBOX, mas não foi lançada) seguem o mesmo estilo. Ponto para a do GBA, que ficou agradável de se jogar.


A história do jogo segue o mesmo estilo dos anteriores. Se você assistiu o desenho, não terá problemas para acompanhar o enredo clichê.

Os gráficos são legais, e DESSA VEZ o jogo conta com uma boa trilha sonora (mas não espere muita qualidade. Isso não faz parte dos jogos do He-Man). Temos Cut scenes (ou os famosos filmes de transição) entre as fases que ajudam a assimilar mais o enredo do jogo. Mas tirando isso, no decorrer da aventura você se sentirá entediado devido a repetição imposta pelos produtores. Os cenários são bons, mas genéricos. Poderiam ter feito algo muito melhor em TODAS as versões lançadas. Quanto ao nível de dificuldade, nenhuma oferece desafio maior ao jogador. A dificuldade real é se acostumar com os controles ruins e ter disposição para seguir adiante, tarefa que não é das mais fáceis.

Veredito
(notas de 1 a 5, contadas de meio em meio ponto)

3,5 - Tem gráfico, tem som, tem jogabilidade (mesmo que dificultada pelo estilo de visão definida pelo jogo), mas também não podemos deixar de citar que os gráficos são bem genéricos e repetitivos eque a trilha sonora também segue pelo mesmo caminho. Talvez tivesse faltado criatividade por parte da equipe técnica, quem sabe?. E para finalizar, temos o character designer dos personagens, que foram ultra bombados, perdendo um pouco do charme da animação.

3 comentários:

O Heman sempre foi meu herói favorito, mas devo admitir que só deram bola fora com os games. E puta merda, como as artes das capas dos jogos antigos eram estilosas!!!!!! e marcelo, o Terraquake é tão ruim assim? Sou viciado em jogos de textos (adventures) mas nunca joguei. Se for uma merda, nem pego

Quanto às animações, vc não mencionou o The New Adventures He-Man (1990 - achei aqui http://www.tvsinopse.kinghost.net/h/he%20man.htm e aqui http://www.youtube.com/watch?v=FLIyIWrubxU )... Chegou a passar na Globo.

Esse He man pra PS2 é horrivel, não conseguir dar andamento infelizmente.


By Marcos

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